terça-feira, 16 de abril de 2013

Biologia no ENEM 2012

Vejam os temas de biologia abordados no ENEM 2012 e se preparem para o próximo.


1 – Uma das questões  envolve também biotecnologia.

2 – Uma das questões também está relacionada com ecologia.
3 – A questão envolve evolução

Dê uma boa olhada nas questões:

1. Não é de hoje que o homem cria, artificialmente, variedades de peixes por meio da hibridação. Esta é uma técnica muito usada pelos cientistas e pelos piscicultores porque os híbridos resultantes, em geral, apresentam maior valor comercial do que a média de ambas as espécies parentais, além de reduzir a sobrepesca no ambiente natural.
Terra da Gente, ano 4, no 47, mar, 2008 (adaptado).

Sem controle, esses animais podem invadir rios e lagos naturais, se reproduzir e

a) originar uma nova espécie poliploide.
b) substituir geneticamente a espécie natural.
c) ocupar o primeiro nível trófico no hábitat aquático.
d) impedir a interação biológica entre as espécies parentais.
e) produzir descendentes com o código genético modificado

2. Há milhares de anos o homem faz uso da biotecnologia para a produção de alimentos como pães, cervejas e vinhos. Na fabricação de pães, por exemplo, são usados fungos unicelulares, chamados de leveduras, que são comercializados como fermento biológico. Eles são usados para promover o crescimento da massa, deixando-a leve e macia.

O crescimento da massa do pão pelo processo citado é resultante da

a) liberação de gás carbônico.
b) formação de ácido lático.
c) formação de água.
d) produção de ATP.
e) liberação de calor.

3. Pesticidas são contaminantes ambientais altamente tóxicos aos seres vivos e, geralmente, com grande persistência ambiental. A busca por novas formas de eliminação dos pesticidas tem aumentado  nos últimos anos, uma vez que as técnicas atuais são economicamente dispendiosas e paliativas. A biorremediação de pesticidas utilizando microorganismos tem se mostrado uma técnica muito promissora para essa finalidade, por apresentar vantagens econômicas e ambientais.

Para ser utilizado nesta técnica promissora, um microrganismo deve ser capaz de

a) transferir o contaminante do solo para a água.
b) absorver o  contaminante sem alterá-lo quimicamente.
c) apresentar alta taxa de mutação ao longo das gerações.
d) estimular o sistema imunológico do homem contra o contaminante.
e) metabolizar o  contaminante, liberando subprodutos menos tóxicos ou atóxicos.

4. Medidas de saneamento básico são fundamentais no processo de promoção de saúde e qualidade de vida da população. Muitas vezes, a falta de saneamento está relacionada com o aparecimento de várias doenças. Nesse contexto, um paciente dá entrada em um pronto atendimento relatando que há 30 dias teve contato com águas de enchente. Ainda informa que nesta localidade não há rede de esgosto e drenagem de águas pluviais e que a coleta de lixo é inadequada. Ele apresenta os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça e dores musculares.
Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado).

Relacionando os sintomas apresentados com as condições sanitárias da localidade, há indicações de que o paciente apresenta um caso de

a) difteria.
b) botulismo.
c) tuberculose.
d) leptospirose.
e) meningite meningocócica.

5. Para diminuir o acúmulo de lixo e o desperdício de materiais de valor econômico e, assim, reduzir a exploração de recursos naturais, adotou-se, em escala internacional, a política dos três erres: Redução, Reutilização e Reciclagem.

Um exemplo de reciclagem é a utilização de

a) garrafas de vidro retornáveis para cerveja ou refrigerante.
b) latas de alumínio como material para fabricação de lingotes.
c) sacos plásticos de supermercado como acondicionantes de lixo caseiro.
d) embalagens plásticas vazias e limpas para acondicionar outros alimentos.
e) garrafas PET recortadas em tiras para fabricação de cerdas de vassouras.

6. O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do milho original, com a transferência, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espécie diferente.

A característica de interesse será manifestada em decorrência

a) do incremento do DNA a partir da duplicação do gene transferido.
b) da transcrição do RNA transportador a partir do gene transferido.
c) da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não hibrizado.
d) da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do milho original.
e) da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante.

7. Os vegetais biossintetizam determinadas substâncias (por exemplo, alcaloides e flavonoides), cuja estrutura química e concentração variam num mesmo organismo em diferentes épocas do ano e estágios de desenvolvimento. Muitas dessas substâncias são produzidas para a adaptação do organismo às variações ambientais (radiação UV, temperatura, parasitas, herbívoros, estímulo a polinizadores etc.) ou fisiológicas (crescimento, envelhecimento etc.).

As variações qualitativa e quantitativa na produção dessas substâncias durante um ano são possíveis porque o material genético do indivíduo

a) sofre constantes recombinações para adaptar-se.
b) muda ao longo do ano e em diferentes fases da vida.
c) cria novos genes para biossíntese de substâncias específicas.
d) altera a sequência de bases nitrogenadas para criar novas substâncias.
e) possui genes transcritos diferentemente de acordo com cada necessidade.

8. Suponha que você seja um consultor e foi contratado para assessorar a implantação de uma matriz energética em um pequeno país com as seguintes características: região plana, chuvosa e com ventos constantes, dispondo de poucos recursos hídricos e sem reservatórios de combustíveis fósseis.

De acordo com as características desse país, a matriz energética de menor impacto e risco ambientais é a baseada na energia

a) dos biocombustíveis, pois tem menos impacto ambiental e maior disponibilidade.
b) solar, pelo seu baixo custo e pelas características do país favoráveis à sua implantação.
c) nuclear, por ter menos risco ambiental a ser adequada a locais com menor extensão territorial,
d) hidráulica, devido ao relevo, à extensão territorial do país e  aos recursos naturais disponíveis.
e) eólica, pelas características do país e por não gerar gases do efeito estufa nem resíduos de operação.

9. Em certos locais, larvas de moscas, criadas em arroz cozido, são utilizadas como iscas para pesca. Alguns criadores, no entanto, acreditam que essas larvas surgem espontaneamente do arroz cozido, tal como preconizado pela teoria da geração espontânea.

Essa teoria começou a ser refutada pelos cientistas ainda no século XVII, a partir dos estudos de Redi e Pasteur, que mostraram experimentalmente que

a) seres vivos podem ser criados em laboratório.
b) a vida se originou no planeta a partir de micro-organismos.
c) o ser vivo é oriundo da reprodução de outro ser vivo pré-existente.
d) seres vermiformes e microorganismos são evolutivamente aparentados.
e) vermes e microrganismos são gerados pela matéria existente nos cadáveres e nos caldos nutritivos, respectivamente.

10. A figura representa um dos modelos de um sistema de interações entre seres vivos. Ela apresenta duas propriedades, P1 e P2, que interagem em I, para afetar uma terceira propriedade, P3, quando o sistema é alimentado por uma fonte de energia, E. Essa figura pode simular um sistema de campo em que P1 representa as plantas verdes; P2 um animal herbívoro e P3, um animal onívoro.
ODUM, E. P. Ecologia, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.


A função interativa I representa a proporção de

a) herbívoria entre P1 e P2.
b) polinização entre P1 e P2.
c) P3 utilizada na alimentação de P1 e P2.
d) P1 ou P2 utilizada na alimentação de P3.
e) energia de P1 e de P2 que saem do sistema.

11. Muitas espécies de plantas lenhosas são encontradas no cerrado brasileiro. Para a sobrevivência nas condições de longos períodos de seca e queimadas periódicas, próprias desse ecossistema, essas plantas desenvolveram estruturas muito peculiares.

As estruturas adaptativas mais apropriadas para a sobrevivência desse grupo de plantas nas condições ambientais de referido ecossistema são:

a) Cascas finas e sem sulcos ou fendas.
b) Caules estreitos e retilíneos.
c) Folhas estreitas e membranosas.
d) Gemas apicais com densa pilosidade.
e) Raízes superficiais, em geral, aéreas.

12. A doença de Chagas afeta mais de oito milhões de brasileiros, sendo comum em áreas rurais. É uma doença causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida por insetos conhecidos como barbeiros ou chupanças.

Uma ação do homem sobre o meio ambiente que tem contribuído para o aumento dessa doença é

a) o consumo de carnes de animais silvestres que são hospedeiros do vetor da doença.
b) a utilização de adubos químicos na agricultura que aceleram o ciclo reprodutivo do barbeiro.
c) a ausência de saneamento básico que favorece a proliferação do protozoário em regiões habitadas por humanos.
d) a poluição dos rios e lagos com pesticidas que exterminam o predador das larvas do inseto transmissor da doença.
e) o desmatamento que provoca a migração ou o desaparecimento dos animais silvestres dos quais o barbeiro se alimenta.

13. Quando colocados em água, os fosfolipídeos tendem a for mar lipossomos, estruturas formadas por uma bicamada lipídica, conforme mostrado na figura. Quando rompida, essa estrutura tende a se reorganizar em um novo lipossomo.

Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídios apresentarem uma natureza

a) polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água.
b) apolar, ou seja, não serem solúveis em solução aquosa.
c) anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos e bases.
d) insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações em sua estrutura.
e) anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e outra hidrofóbica.

14. A imagem representa o processo de evolução das plantas e algumas de suas estruturas. Para o sucesso desse processo, a partir de um ancestral simples, os diferentes grupos vegetais desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram sobreviver em diferentes ambientes.

Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para uma maior diversidade genética?

a) As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea.
b) Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular.
c) Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada.
d) Os frutos, que promovem uma maior eficiência reprodutiva.
e) Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da seiva bruta.

15. Paleontólogos estudam fósseis e esqueletos de dinossauros para tentar explicar o desaparecimento desses animais. Esses estudos permitem afirmar que esses animais foram extintos há cerca de 65 milhões de anos. Uma teoria aceita atualmente é a de que um asteroide colidiu com a Terra, formando um densa nuvem de poeira na atmosfera.

De acordo com essa teoria, a extinção ocorreu em função de modificações no planeta que

a) desestabilizaram o relógio biológico dos animais, causando alterações no código genético.
b) reduziram a penetração da luz solar até a superfície da Terra, interferindo no fluxo energético das teias tróficas.
c) causaram uma série de intoxicações nos animais, provocando a bioacumulação de partículas de poeira nos organismos.
d) resultaram na sedimentação das partículas de poeira levantada com o impacto do meteoro, provocando o desaparecimento de rios e lagos.
e) evitaram a precipitação de água até a superfície da Terra, causando uma grande seca que impediu a retroalimentação do ciclo hidrológico.

16.

A condição física apresentada pelo personagem da tirinha é um fator de risco que pode desencadear doenças como

a) anemia.                  b) beribéri.                  c) diabetes.
d) escorbuto.              e) fenilcetonúria.




GABARITO: 1B, 2A, 3E, 4D, 5B, 6E, 7E, 8E, 9C, 10D, 11D, 12E, 13E, 14C, 15B, 16C.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Adrenoleucodistrofia e peroxissomos



Os peroxissomos (P) são organelas vesiculares com várias enzimas. Estão envolvidos com a desintoxicação celular em eucariotos e com a beta-oxidação (degradação de ácidos graxos, derivados de lipídios). A Adrenoleucodistrofia, doença rara ligada ao sexo que ficou conhecida graças ao filme "O óleo de Lorenzo", é um distúrbio resultante de um defeito numa proteína integral da membrana do peroxissomo, que participa do transporte de ácidos graxos de cadeia longa para dentro dessa organela, onde sofreriam oxidação. O acúmulo desses ácidos graxos nos líquidos do organismo destrói a mielina do tecido nervoso, causando sintomas neurológicos graves.

Apoptose

É a morte celular programada. Um suicídio celular silencioso, que não envolve processo inflamatório.

Na apoptose, célula não incha. Ao contrário, encolhe-se, destaca-se das células vizinhas e começa a  apresentar bolhas. A membrana e as organelas mantêm sua estrutura intacta e não há alterações evidentes no citoplasma. O núcleo, porém, sofre mudanças dramáticas: normalmente dispersa, a cromatina forma um ou mais aglomerados nas bordas internas da membrana nuclear. Isso basta para levar as células à morte. As que demoram a morrer podem sofrer outras mudanças: o núcleo parte-se e a célula também divide-se em estruturas (‘corpos apoptóticos’) contendo porções do núcleo, tomando uma forma inconfundível ao microscópio eletrônico.

Veja como se dá a apoptose:


Agora, diferencie a apoptose da necrose:




A apoptose pode ser acionada por vários tipos de gatilhos.Um exemplo é o da cauda do girino, o gatilho para o ‘suicídio’ é o aumento da concentração do hormônio tiroxina, liberado por certas células da rã.




Tay-Sachs

A doença neurodegenerativa de Tay-Sachs é genética autossômica recessiva caracterizada pelo acúmulo de gangliosídeo GM2 nas células neuronais. Esse acúmulo gangliosídico deve-se a um defeito na enzima hexosaminidase A (Hex A) dos lisossomos,  decorrente de mutações no seu gene codificador, o gene HEXA, prevalente entre os judeus Ashkenazi. Sem a Hex A, o GM2 não é digerido, acumulando-se nos neurônios provocando a degeneração do tecido nervoso. Confira a imagem abaixo:


sábado, 6 de abril de 2013

Lista sobre sucessão ecológica


1. (UFSC) Quando um pedaço de floresta é destruído pelo fogo e o local fica abandonado, a mata pode se reconstituir dentro de algumas décadas.  Com relação a este assunto, assinale a(s) proposição(ões) correta(s).

I   II
0  0 – Exemplos de plantas pioneiras são as bromélias epífitas.
1  1 – Comunidades pioneiras colonizam a área e são sucedidas por outras.
2  2 – O solo descoberto recebe sol direto e se torna mais seco, favorecendo a germinação das sementes das árvores nativas que eventualmente tenham permanecido no local após o incêndio.
3  3 – Apesar dos danos à vegetação, a fauna sofre pouco nestas condições, uma vez que os animais têm uma alta capacidade de dispersão.
4  4 – No estágio em que predominam plantas arbustivas, o solo passa a reter mais umidade, favorecendo a germinação de sementes de plantas arbóreas.

2. (UPE) Na sucessão ecológica, existe uma sequência ordenada e gradual de populações, que se instalam em determinado ambiente.
ROCHA NUA → LIQUENS → MUSGOS → ERVAS → ARBUSTOS → ÁRVORES
Após observar o esquema da sucessão ilustrado acima, analise as cinco afirmações a seguir e conclua.
I  II
0  0 – Os líquens podem ser considerados facilitadores do processo de sucessão, pois eles vão gradualmente agregando matéria orgânica e melhorando as condições ambientais. São organismos pioneiros.
1  1 – A sucessão ilustrada acima é do tipo primária, caracterizada por sua maior rapidez em atingir o máximo de desenvolvimento e estabilidade, em comparação à sucessão secundária de um campo de cultivo abandonado.
2  2 – À medida que evolui o processo de sucessão ecológica, aumenta a biodiversidade, enquanto diminui a biomassa do ecossistema em formação.
3  3 – A sucessão que acontece nas dunas recém-formadas, pela ação constante dos ventos em regiões do litoral, representa sucessão secundária, e seu estágio de comunidade clímax sofre alterações estruturais constantes.
4  4 – O surgimento de novos nichos ecológicos, durante a sucessão ecológica, resulta em aumento da biodiversidade na comunidade.

3. (UEPG) Os ecossistemas naturais estão em constante modificação. Como se fossem um organismo vivo, eles passam por vários estágios, desde a juventude até a maturidade. Sucessão ecológica é o nome que se dá a essa série de mudanças nas comunidades que compõem o ecossistema. A respeito desse fenômeno, assinale o que for correto.

I   II
0  0 – Nas sucessões, o estágio inicial de povoamento, em que surgem as espécies pioneiras, é chamado de seres.
1   1 – As comunidades que se instalam, uma após a outra, em sequência, chamamos ecese.
2  2 – A comunidade que existe num dado momento “prepara o terreno”, permitindo que outra comunidade se estabeleça. As diversas comunidades se sucedem, até que se atinja um estágio de relativa estabilidade e equilíbrio, que se instala de forma “permanente”.
3  3 – Quando a comunidade atinge a maturidade e se torna estável, ela é chamada de comunidade clímax, e apresenta grande diversidade de espécies e de nichos ecológicos.
4  4 – São alguns eventos observados ao longo da sucessão: mudança repentina inicial tendendo a diminuir lentamente, aumento de tamanho dos indivíduos, diminuição da biomassa total, taxa de fotossíntese proporcional à taxa de respiração da comunidade, diminuição da conservação dos nutrientes no ecossistema.

4. (UFPB) Com o passar dos anos, observa-se que os diferentes ambientes sofrem modificações, ocasionadas tanto por fenômenos naturais como pela interferência humana. A esse processo denomina-se sucessão ecológica. A figura a seguir representa o esquema de uma sucessão ecológica:

AMABIS E MARTHO. Biologia das Populações.
v3. São Paulo: Ed. Moderna, 2005, p. 389.

Com base na figura e nos conhecimentos acerca desse processo, é correto afirmar:
a) A comunidade que se estabelece, ao final da sucessão ecológica, é a mais estável possível.
b) As espécies que iniciam o processo de sucessão ecológica são denominadas espécies clímax.
c) A diversidade de espécies da comunidade que se estabelece é mantida.
d) As relações ecológicas entre as espécies que se estabelecem diminuem.
e) As mudanças que ocorrem na população não alteram o ambiente.

5. (UFSCar) A figura abaixo ilustra um processo de transformação ambiental, que ocorre de forma gradual e contínua em uma determinada região. A colonização dessa região inicia-se com organismos pioneiros até atingir um estágio de equilíbrio entre a comunidade biológica e o ambiente.

(www.acervoescolar.com.br)

O processo de transformação descrito é chamado de:

a) Especiação.
b) Sucessão ecológica.
c) Evolução biológica.
d) Convergência adaptativa.
e) Diversificação de espécies.

6. (UNICENTRO) O gráfico que indica como a biomassa varia no processo de uma sucessão ecológica é:


7. (UEM) Sobre ecossistemas e sucessão ecológica, analise as alternativas e assinale o que for correto.

I  II
0  0 – Nos ecossistemas onde os fatores abióticos são adequados e disponíveis, verifica-se maior número de espécies, como ocorre nas faixas litorâneas, estuários de rios e nas florestas pluviais.
1  1 – O aparecimento de novos nichos durante a sucessão ecológica leva ao aumento da biodiversidade, diminuindo a biomassa do ecossistema em sucessão.
2  2 – Uma elevada diversidade de espécies torna o ecossistema mais complexo, com maior número de nichos ecológicos, garantindo o equilíbrio da comunidade clímax, diminuindo a probabilidade de ocorrer mudanças drásticas.
3  3 – As queimadas, comuns na estação seca em diversas regiões brasileiras, podem provocar a destruição da vegetação natural, e na sequência ocorre o processo denominado sucessão primária.
4  4 – No ambiente marinho, as comunidades são divididas em três grandes grupos: plâncton, nécton e bentos, de acordo com a capacidade de movimentação dos organismos e os locais que ocupam.

8. (UDESC) A sucessão ecológica numa região desabitada pode ser esquematizada do seguinte modo:



Sobre este esquema, analise as proposições abaixo.

I. As sucessões primárias ocorrem em locais onde não há vida (rocha nua, por exemplo).
II. As sucessões secundárias correspondem a uma recolonização de uma região previamente habitada (um campo de cultura abandonado, por exemplo).
III. Ao longo da sucessão há um aumento da biomassa, da diversidade de espécies e da complexidade das teias alimentares, o que pode estar relacionado à maior estabilidade da comunidade clímax, tornando-a, por exemplo, mais resistente ao ataque de pragas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa II é verdadeira.
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
c) Somente a afirmativa I é verdadeira.
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

9. (UEPB) Observe a sequência dos organismos abaixo:

1. Musgos, samambaias, microrganismos.
2. Arbustos, gramíneas, insetos, lagartos, microrganismos.
3. Árvores frutíferas, liquens e musgos, insetos, aves, mamíferos, cobras, lagartos, microrganismos.
4. Liquens e microrganismos.

Considerando o processo de sucessão ecológica primária, a sequência correta dos estágios de surgimentos das comunidades é:

a) 3, 2, 1, 4.
b) 1, 4, 2, 3.
c) 4, 1, 2, 3.
d) 1, 2, 3, 4.
e) 4, 1, 3, 2.

10. (UFPB) A sucessão ecológica refere-se a uma sequência de mudanças estruturais e funcionais que ocorrem na comunidade, que, em muitos casos, seguem padrões definidos.  Acerca da sucessão ecológica, identifique as proposições verdadeiras:

I   II
0  0 – As gramíneas e os líquens são organismos pioneiros.
1 1 – A sucessão primária é aquela que ocorre logo após a queimada em um ambiente florestal.
2  2 – A biodiversidade, a biomassa e as condições microclimáticas geralmente se estabilizam, quando a comunidade aproxima-se do clímax.
3  3 – A homeostase aumenta à medida que a comunidade tende a se estabilizar.
4 4 – As espécies de pequeno porte e crescimento rápido ocorrem no início da sucessão primária, enquanto que as árvores e os arbustos de crescimento lento predominam no início da sucessão secundária.


Gabaritos: 1FVFFV, 2VFFFV, 3FFVVF, 4A, 5B, 6A, 7VFVFV, 8E, 9C, 10VFVVF.

Problemas de saúde


DESNUTRIÇÃO

Clinicamente, desnutrição é caracterizada por ingestão inadequada de alimentos. As pessoas são desnutridas se são incapazes de utilizar totalmente o alimento que comem, por exemplo, devido à diarréia ou outras doenças (desnutrição secundária), se eles consomem muitas calorias (supernutrição), ou se sua dieta não fornecer quantidade adequada de calorias e proteínas para crescimento e manutenção (subnutrição ou desnutrição energético-protéica).
A desnutrição em todas as suas formas, aumenta o risco de doença e morte prematura. Desnutrição protéico-energética, por exemplo, desempenha um papel importante na metade de todas as mortes de menores de cinco a cada ano nos países em desenvolvimento (OMS, 2000). Formas graves de desnutrição incluem:

·         Marasmo, desnutrição protéica e calórica crônica, com redução de músculo, gordura e outros tecidos.
·         Kwashiorkor (doença do desmame), caracterizada por severa deficiência de proteína. As crianças afetadas apresentam retardo mental, apatia extrema, edema generalizado sob a pele, e menor resistência contra infecções.
·         Cretinismo, com danos cerebrais irreversíveis devido à deficiência de iodo.
·         Cegueira e aumento do risco de infecção e morte por deficiência de vitamina A.

O estado nutricional está comprometido também, quando as pessoas estão expostas a altos níveis de infecção devido à fonte de água imprópria e/ou insuficiente. Na desnutrição secundária, pessoas que sofrem de diarréia não irão se beneficiar plenamente da comida, porque fezes freqüentes impedem a absorção adequada de nutrientes. 

Fonte: http://www.who.int/water_sanitation_health/diseases/malnutrition/en/ (Adaptado)

OBESIDADE

A epidemia global de sobrepeso e obesidade - "globesidade" - está rapidamente se tornando um problema de saúde pública em muitas partes do mundo. Paradoxalmente coexistindo com a desnutrição nos países em desenvolvimento, a crescente prevalência de sobrepeso e obesidade está associada com doenças crônicas, incluindo diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e certos tipos de câncer.

O sobrepeso e a obesidade são definidos como acúmulo anormal ou excessivo de gordura que pode ser prejudicial à saúde.

O índice de massa corporal (IMC) é um indicador simples da relação entre peso e altura, que é comumente usado para identificar sobrepeso e obesidade em adultos. É calculado dividindo o peso de uma pessoa em quilos pelo quadrado da sua altura em metros (kg/ m2).

A definição da OMS é como se segue:

·         Um IMC igual ou acima de 25 determina sobrepeso.
·         Um IMC igual ou superior a 30 determina obesidade.


A causa básica de sobrepeso e obesidade é um desequilíbrio energético entre as calorias consumidas e gastas:

·       aumento da ingestão de alimentos com energia densa que são ricos em gordura, sal e açúcares, mas pobres em vitaminas, minerais e outros micronutrientes, e
·       uma diminuição da atividade física como um resultado de natureza cada vez mais sedentária de muitas formas de trabalho, novos modos de viagens e urbanização crescente.

Sobrepeso e obesidade e as doenças associadas não-transmissíveis são evitáveis.

No nível individual, as pessoas podem:

·         limitar o consumo de energia da gordura total;
·         aumentar o consumo de frutas e verduras, e legumes, grãos integrais e nozes;
·         limitar a ingestão de açúcares;
·         atividade física regular, e
·         alcançar um equilíbrio e um peso saudável.

A responsabilidade individual só pode ser totalmente eficaz quando as pessoas têm acesso a um estilo de vida saudável. Portanto, em termos sociais é importante:

·         para apoiar as pessoas na execução das recomendações acima, através de um compromisso político sustentável e a colaboração de vários agentes públicos e privados, e
·         se a atividade física regular e hábitos alimentares saudáveis ​​são facilmente acessíveis e disponíveis a todos, especialmente os mais pobres.

A indústria de alimentos pode desempenhar um papel importante na promoção da alimentação saudável:

·         redução da gordura, açúcar e sal nos alimentos processados;
·         garantir que todos os consumidores podem acesso físico e econômico a alimentos saudáveis ​​e nutritivos;
·         implementação de marketing responsável e
·         assegurar a disponibilidade de alimentos saudáveis ​​e apoiar a prática regular de atividade física no local de trabalho.

Fonte: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/index.html (Adaptado)

DIABETES MELLITUS

Controle da glicemia:



Quadro de hiperglicemia no sangue resultante de uma disfunção na absorção de glicose por nossas células.

a) Diabetes mellitus tipo 1 (juvenil) – o nosso sistema imunitário destrói as células beta das Ilhas pancreáticas, responsáveis pela fabricação da insulina, portanto, seus portadores são insulino-dependentes.

b) Diabetes mellitus tipo 2 (tardia) – trata-se de uma resistência a insulina, as células do corpo tem uma quantidade insuficiente de receptores para insulina. Não necessariamente é insulino-dependente.

Sintomas: poliúria; aumento do apetite; alterações visuais; impotência sexual; infecções fúngicas na pele e nas unhas; feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar; neuropatias diabéticas provocada pelo comprometimento das terminações nervosas; distúrbios cardíacos e renais.

Fatores de risco: obesidade (inclusive a obesidade infantil); Hereditariedade; Falta de atividade física regular; Hipertensão; Níveis altos de colesterol e triglicérides; Medicamentos, como os à base de cortisona; Idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo II); Estresse emocional.

Fonte: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/diabetes/

ESTRESSE

O estresse é tido como um fator de risco para inúmeras patologias que afligem as sociedades humanas, como patologias cardiovasculares (arteriosclerose, derrame), metabólicas (diabetes insulino-resistente ou tipo 2), gastrointestinais (úlceras, colite), distúrbios do crescimento (nanismo psicogênico, aumento do risco de osteoporose), reprodutivas (impotência, amenorréia, aborto espontâneo), infecciosas (herpes labial, gripes e resfriados), reumáticas (lupus, artrite reumatóide), câncer e depressão.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse afeta mais de 90% da população mundial e é considerado uma epidemia global. Na verdade, sequer é uma doença em si: é uma forma de adaptação e proteção do corpo contra agentes externos ou internos.  
Os agentes estressores podem ser sensoriais ou físicos, como subir escadas, correr uma maratona, sofrer mudanças de temperatura, fazer vôo livre etc. Já o estresse psicológico acontece quando o sistema nervoso central é ativado através de mecanismos puramente cognitivos, como brigar com o cônjuge, falar em público, vivenciar luto, mudar de residência etc. Um terceiro tipo de estressor pode ainda ser considerado: as infecções.
A reação do organismo aos agentes estressores pode ser dividida em três estágios. No primeiro estágio (alarme), o corpo reconhece o estressor e ativa o sistema neuroendócrino. 
Inicialmente há envolvimento do hipotálamo, que ativa o sistema nervoso autônomo, em sua porção simpática. O hipotálamo também secreta alguns neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e fator liberador de corticotrofina. Esse último estimula a liberação de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pela hipófise, que também aumenta a produção de outros hormônios, tais como ADH, prolactina, hormônio somatotrófico (STH ou GH - hormônio de crescimento), hormônio tireotrófico (TSH).
O ACTH estimula as glândulas suprarrenais a secretarem corticóides e adrenalina. As glândulas adrenais passam  então a produzir e liberar os hormônios do estresse (adrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco, dilatam as pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, reduzem a digestão (e ainda o crescimento e o interesse pelo sexo), contraem o baço (que expulsa mais hemácias para a circulação sangüínea, o que amplia a oxigenação dos tecidos) e causa imunodepressão (redução das defesas do organismo). A função dessa resposta fisiológica é preparar o organismo para a ação, que pode ser de “luta” ou “fuga”.
Nessa fase também pode ocorrer tento uma inibição quanto um aumento desmedido de hormônios gonadotróficos.
No segundo estágio, (adaptação), o organismo repara os danos causados pela reação de alarme, reduzindo os níveis hormonais. No entanto, se o agente ou estímulo estressor continua, o terceiro estágio (exaustão) começa e pode provocar o surgimento de uma doença associada à condição estressante, pois nesse estágio começam a falhar os mecanismos de adaptação e ocorre déficit das reservas de energia.

Fonte: http://www.afh.bio.br/endocrino/endocrino3.asp (Adaptado)

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.

·         No sistema nervoso central podem ocorrer infartos, hemorragia e encefalopatia hipertensiva.
·         No coração, pode ocorrer cardiopatia isquêmica (angina), insuficiência cardíaca, aumento do coração e, em alguns casos, morte súbita.
·         Nos pacientes com insuficiência renal crônica associada sempre ocorre nefroesclerose.
·         No sistema vascular, pode ocorrer entupimentos e obstruções das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores.
·         No sistema visual, há retinopatia que reduz muito a visão dos pacientes.
Fonte: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?244 (Adaptado)

INFARTO DO MIOCÁRDIO


O infarto é definido como uma lesão isquêmica do músculo cardíaco (miocárdio), que deve-se à falta de oxigênio e nutrientes. Os vasos sangüíneos que irrigam o miocárdio (artérias coronárias) podem apresentar depósito de gordura e cálcio, levando a uma obstrução e comprometendo a irrigação do coração. As placas de gordura localizadas no interior das artérias podem sofrer uma fissura causada por motivos desconhecidos, formando um coágulo que obstrui a artéria e deixa parte do coração sem suprimento desangue. É assim que ocorre o infarto do miocárdio. Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual desencadeia uma reação inflamatória local.

Fonte: http://www.abc.med.br/p/22385/infarto+do+miocardio.htm